terça-feira, 19 de setembro de 2017

         
PRECONCEITO

           A palavra preconceito é etimologicamente constituída  por duas partes diferentes: pré, que dá ideia de algo anterior, antecedente, que existe de forma primária, primeira, precedente; e conceito, aquilo que se entende ou compreende em respeito de algo, derivado do latim conseptus, que se refere à construção ideal do ser ou de objetos apreensíveis cognitivamente. A ideia do preconceito refere-se, então, a um conceito formado de forma anterior ou antecedente à constatação dos fatos, utilizando-se de características julgadas universais, sendo atribuíveis a todos que se encaixam na categoria referida, ou implícitas, naturais ao objeto que é dirigida.
          Trata-se, por conseguinte, de uma opinião que é dada sobre algo ou alguém sem fundamento ou análise crítica, o que acontece quando se conhece mal ou não se conhece de todo essa coisa/pessoa.          Tenho um colega da escola que já sofreu várias vezes preconceito. Os fatos aqui relatados são todos sofridos por ele, que são: colegas relatando que não são racistas mas que não tolerarão se seus filhos casarem com negros, ou seja, para eles ser negro é um defeito tal como não quero um genro agressivo, preguiçoso, vagabundo ou negro. Na rua, tem um monte de gente parada em um cruzamento e, até hoje, quando alguém olha para o lado e me vê -um negro- dá um passo para o lado e/ou aperta a mão na bolsa. Quando alguém não acha algo, logo brincam "Foi o Rodrigo. É o único negrinho aqui." 
          Por mais que seja realmente brincadeira, este discurso reafirma o negro como ladrão e dissemina esta fala a outros como uma verdade inquestionável. 
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