UM PROCESSO LENTO...
Durante
muito tempo, o tratamento destinado aos alunos com deficiência, tinha como
objetivo sua adaptação, numa tentativa evidente de “normalização da deficiência”,
num total descuido para com a particularidade e dificuldade do processo de
construção de conhecimento. Nunca houve, anteriormente, uma política clara de orientação
do atendimento aos alunos com deficiência no sistema público de ensino. Beyer
(2006) problematiza o efeito de ambientes segregados para a socialização e
desenvolvimento cognitivo desses sujeitos
A grande
dificuldade que encontramos nas escolas especiais deve-se à limitação no
horizonte social das crianças com necessidades especiais. Enquanto estas
precisariam da convivência com crianças com condições cognitivas e sócio
afetivas diferenciadas das suas, veem-se, através das situações pedagógicas e
sociais correspondentes, atreladas a um modelo limitado de interação. (BEYER,
2006, p)
O atendimento educacional
especializado, propõe transformar as escolas e classes especiais em centros
especializados e salas de recursos não mais como espaços que substituem o
acesso a escolas e classes comuns do ensino regular, mas como espaços para o
atendimento educacional especializado.
Essas reflexões não tem pretensão de
servir de receitas, mas sim com o intuito de mostrar que a inclusão, é um
processo lento, individual e coletivo, onde todos os envolvidos usam não só a
razão mas também a emoção, a intuição, o desejo e a subjetividade. Uma nova
dinâmica começa a ser implantada, em que educadores e gestores, íntegros de
probabilidades, passam a adotar as suas peculiaridades, com estruturas próprias
de construção para um caminho que não está pronto, mas que se faz ao prosseguir
buscando novos conhecimentos na ajuda ao um aluno de inclusão.
Os
vídeos abaixo, mostram um pouco de como nossos alunos de inclusão são inseridos
junto aos colegas, e como é maravilhoso fazer parte dessa comunidade, onde
nenhum aluno de inclusão é excluído do convívio escolar.