Preconceito/Racismo
A palavra preconceito é
etimologicamente constituída (entende-se por etimologia o estudo do significado
de uma palavra a partir dos componentes que a constituem) por duas partes
diferentes: pré,
que dá ideia de algo anterior, antecedente, que existe de forma primária,
primeira, precedente; e conceito, aquilo que se entende ou
compreende em respeito de algo, derivado do latim conseptus,
que se refere à construção ideal do ser ou de objetos apreensíveis
cognitivamente. A ideia do preconceito refere-se, então, a um conceito formado
de forma anterior ou antecedente à constatação dos fatos, utilizando-se de
características julgadas universais, sendo atribuíveis a todos que se encaixam
na categoria referida, ou implícitas, naturais ao objeto que é dirigida.
O
preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais
de quinhentos anos.
Nos anos 60, se
descobriu que o Brasil não só tinha preconceito em relação aos pobres - o que
em si já é terrível – como a discriminação era especialmente dirigida aos
negros, pardos e índios.
E
o racismo, a discriminação e o preconceito racial são as maiores problemáticas,
do negro ou mesmo de outros indivíduos, de não ter a sua igualdade racial ou
social reconhecida, por uma sociedade que se considera igualitária por tudo que
se pergunte.
O
racismo é, como disse Foucault, “o meio de introduzir […] um corte entre o que
deve viver e o que deve morrer”. “No contínuo biológico da espécie humana, o
aparecimento das raças, a distinção das raças, a hierarquia das raças, a
qualificação das raças como boas e de outras, ao contrário, como inferiores,
tudo isso vai ser uma maneira de fragmentar esse campo do biológico de que o
poder se incumbiu; uma maneira de defasar, no interior da população, uns grupos
em relação aos outros. […] o racismo faz justamente funcionar, faz atuar essa
relação de tipo guerreiro − ‘se você quer viver, é preciso que o outro morra’ −
de uma maneira que é inteiramente nova e que, precisamente, é compatível com o
exercício do biopoder.”
Foucault, M., Em defesa da sociedade, Martins Fontes, São
Paulo, 2002, p.304-5.
Parabéns colega em poucas palavras conseguiste descrever num breve relato o que é preconceito. Sendo assim podemos concluir que todos nós somos importantes como pessoa independente de cor ou raça. Todos somos iguais.
ResponderExcluir"Ninguém nasce feito, é experimentando-nos no mundo que nós nos fazemos". Paulo Freire.