DIALOGANDO
O texto de Paulo Freire sobre dialogicidade (capítulo do livro "À sombra desta Mangueira") nos mostra
como ela influencia no desenvolvimento e entendimento dos princípios da aprendizagem, influenciando na formação
dos sujeitos e na construção de conhecimentos de forma significativa.
A dialogicidade de Freire está
presente na formação do conceito de diálogo igualitário e como este conceito
está presente nos demais princípios da aprendizagem dialógica.
Segundo Freire (2000, p. 81):
É que há um diálogo invisível, prévio, em que não
necessito de inventar perguntas ou fabricar respostas. Os educadores
verdadeiramente democráticos não estão - são dialógicos. Uma de suas tarefas
substantivas em nossa sociedade é gestar esse clima dialógico.
O pensamento de Paulo Freire busca
no diálogo a democratização da educação, onde o professor, além de educador, é o
objeto do conhecimento, sendo a pedagogia baseada no diálogo
(educador-educando).
O diálogo é uma afinidade (relação) entre pessoas, que
baliza o caráter democrático entre as mesmas, não as tornando iguais. “O
diálogo tem significação precisamente porque os sujeitos dialógicos não apenas
conservam sua identidade, mas a defendem e assim crescem um com o outro”.
(FREIRE, 1992, p. 118). O diálogo não diminui um ao outro, não é melhoramento
que se inventa, é não embaraçar o outro. Ele alude, ao contrário, a efetiva consideração
para àqueles que empenham-se em crescer.
“Não devemos chamar o povo à escola
para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições,
mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai além do
saber de pura experiência feito, que leve em conta as suas necessidades e o
torne instrumento de luta, possibilitando-lhe ser sujeito de sua própria
história.”
(Freire, 2001)

Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
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