domingo, 12 de novembro de 2017

DIALOGANDO 



            O texto de Paulo Freire sobre dialogicidade (capítulo do livro "À sombra desta Mangueira") nos mostra como ela influencia no desenvolvimento e entendimento dos princípios da aprendizagem, influenciando na formação dos sujeitos e na construção de conhecimentos de forma significativa.
            A dialogicidade de Freire está presente na formação do conceito de diálogo igualitário e como este conceito está presente nos demais princípios da aprendizagem dialógica.
            Segundo Freire (2000, p. 81):

                                         É que há um diálogo invisível, prévio, em que não necessito de inventar perguntas ou fabricar respostas. Os educadores verdadeiramente democráticos não estão - são dialógicos. Uma de suas tarefas substantivas em nossa sociedade é gestar esse clima dialógico.

            O pensamento de Paulo Freire busca no diálogo a democratização da educação, onde o professor, além de educador, é o objeto do conhecimento, sendo a pedagogia baseada no diálogo (educador-educando).
            O diálogo é uma afinidade (relação) entre pessoas, que baliza o caráter democrático entre as mesmas, não as tornando iguais. “O diálogo tem significação precisamente porque os sujeitos dialógicos não apenas conservam sua identidade, mas a defendem e assim crescem um com o outro”. (FREIRE, 1992, p. 118). O diálogo não diminui um ao outro, não é melhoramento que se inventa, é não embaraçar o outro. Ele alude, ao contrário, a efetiva consideração para àqueles que empenham-se em crescer.


                                  “Não devemos chamar o povo à escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai além do saber de pura experiência feito, que leve em conta as suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe ser sujeito de sua própria história.”   
(Freire, 2001)



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Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.


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