segunda-feira, 11 de junho de 2018


desigualdade socialResultado de imagem para carências de valores, hábitos e moralidades (ARROYO, 2013).

         A desigualdade social tem sido cada vez mais intensa na sociedade e nas relações que a constituem, sendo necessário que a visão moralizante que constitui a pobreza seja superada, pois os pobres não são assim constituídos por escolha. Pelo contrário, o que mais lhes faltam são oportunidades que permitirão escolher e traçar caminhos.
            Diante da compreensão dessa realidade, entende-se que a pobreza está presente na vida da maioria das pessoas, das famílias que matriculam seus filhos nas escolas públicas, dos alunos que frequentam aulas no ensino regular. Por isso, acredita-se que a escola, por meio dos currículos e da prática docente, precisa discutir essa temática, afinal, trata-se de um produto que é resultado da estrutura da sociedade. Nesse sentido, a escola pode proporcionar uma análise crítica da realidade, mostrando as condições históricas e sociais que resultaram na desigualdade social em que se vive.
            Contudo, a pobreza tem sido vista pelos currículos como carência, sendo a carência material resultado das carências de conhecimento, de competências, carências de valores, hábitos e moralidades (ARROYO, 2013). E, assim, a escola não tem assumido o seu papel de proporcionar o pleno conhecimento da realidade, inclusive, da condição social dos seus alunos.
            Na escola em que atuo, não se faz distinção do aluno seja por raça, cor, financeiro...todos são iguais, não há crianças em condições de vulnerabilidade social.
            Como nos coloca Arroyo:
Diante da barbárie com que a infância e a adolescência populares são tratadas, o primeiro  gesto deveria ser ver  nelas a imagem da barbárie social.  A infância revela os limites para sermos humanos em uma economia que se tornou inumana. (ARROYO, 2004, p. 17)
       Erradicação da pobreza, crescimento econômico e sustentabilidade formam o tripé para a construção de um planeta mais sustentável nos próximos 15 anos. Para o cumprimento dos Objetivos Globais e a erradicação da pobreza, a participação de governos, setor privado, academia e sociedade civil é fundamental.

Referência
ARROYO, Miguel Gonzalez.CALDART, Roseli Salete.Por uma Educação do Campo.Mônica Castagna Molina, (organizadores).Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. 

quarta-feira, 6 de junho de 2018


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Períodos do desenvolvimento, segundo Piaget



      Estágio sensório-motor

(0-2 anos)



        •o comportamento é basicamente motor
     •atividade reflexa; primeiras diferenciações; reprodução de eventos interessantes;    coordenação de esquemas; invenção de novos meios; representação. Exemplos: música de bater palma e pé, sons de barulhos, adoram jogar um objeto no chão e quando o adulto pega jogam novamente, brincar de esconder e aparecer.


       Estágio pré-operacional
                (2-7 anos)




       •é caracterizado pelo desenvolvimento da linguagem e outras formas de representação e pelo rápido desenvolvimento conceitual. Animismo, Antropomorfismo, Egocentrismo,   Raciocínio transformacional, Centração e Conservação.
     •representação: imitação diferida; jogo simbólico; desenho; imagem mental; linguagem falada, fala egocêntrica, fala socializada. Exemplos: imitação de objetos e eventos já distantes, jogo do faz de conta, desenham o que imaginam, representações internas (símbolos) de objetos ou de experiências perceptivas passadas, a criança começa a utilizar palavras como símbolos em vez de objetos.

Estágio das operações concretas(7-11 anos)


a criança desenvolve a habilidade de aplicar o pensamento lógico a problemas concretos, mas com auxílio de material concreto.
operações lógicas: seriação, classificação, descentração, reversibilidade e conservação. Exemplos: a criança organiza mentalmente um conjunto de elementos em ordem crescente ou decrescente de tamanho, agrupamento mental de objetos, capacidade de reverter mentalmente as operações e de usar a inversão, organização e classificação de palavras e frases.

sexta-feira, 1 de junho de 2018


Resultado de imagem para alfabetização de adultos por paulo freire


Paulo Freire e seu método de alfabetização de adultos


            Há mais ou menos 50 anos, um brasileiro visionário criou um método de alfabetização de adultos que mais que ensiná-los a ler e escrever em 45 dias, resgatava neles a coragem, a vontade e a força para participarem do mundo de forma crítica e consciente. Esse brasileiro foi Paulo Freire, educador pernambucano, filósofo, escritor, político e militante de causas sociais. “Ele elaborou uma teoria do conhecimento e procurou o sentido da educação, centrando suas análises na relação entre ‘educação e vida’, reagindo às pedagogias tecnicistas do seu tempo. A educação, para ser transformadora, precisa estar centrada na vida.
            Freire estimulava adultos a entenderem o funcionamento do registro escrito a partir do conhecimento deles, assumindo que o aprendizado (e a escola) acontece também fora das quatro paredes da sala de aula.
            Ele dividiu seu método em fases. Inicialmente, o educador explora junto com o adulto a ser alfabetizado quais palavras e temas são parte do universo vocabular do grupo. Por meio de conversas informais, seleciona aproximadamente 20 palavras geradoras. Discute o significado daquela palavra naquele contexto e amplia para outros significados. Depois, o educador mostra como as sílabas formam as palavras e como essas mesmas sílabas podem ser usadas para formar outras palavras conhecidas. Durante esse processo, todos conversam sobre o poder das palavras, para que os falantes possam se apropriar delas também no registro escrito sem distanciamento, donos delas. Nesse processo, discutem, além do abc, a compreensão do mundo, inspirando uma postura pela liberdade.
            Paulo Freire falou o seguinte:
“A educação de jovens e adultos deve fundamentar-se na consciência da realidade cotidiana. Não no conhecer letras, palavras, ou frases..., o processo de alfabetização não pode se dar sobre, nem para o educando, ele tem que se dar com o educando. Não, o aluno deve conhecer-se enquanto sujeito e conhecer os problemas que o aflige no dia a dia. Portanto, o aluno deve programar em parte o que num período ele quer aprender. Não é uma educação bancária.”
            O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.

Referências: