terça-feira, 29 de maio de 2018

A difícil arte de educar


            Educar requer uma grande dose de paciência, sabedoria, amor, perseverança e coerência, para conseguirmos estabelecer limites sem podar a criatividade nem sermos autoritários em demasia; dar amor sem que com isso e em seu nome nos tornemos por demais permissivos; dar liberdade para que seja exercido o livre arbítrio de cada um, de modo que haja responsabilidade pelas escolhas e pelos atos praticados.
            É importante corrigir, sem ser excessivamente crítico, de modo a humilhar e desvalorizar; estabelecer regras que devem ser cumpridas, sem que sejamos tiranos; saber ser flexível, quando a situação requer, sem com isso estimularmos a impunidade.
            Precisamos indicar caminhos sem que, com isso, queiramos percorrer caminhos alheios, posto que a vida se faz a cada passo, a cada momento, a cada opção feita, a cada ato praticado, a cada palavra dita (ou omitida), a cada mão estendida, a cada sorriso dado, a cada lágrima derramada, seja de alegria ou de dor.
            Quando uma criança chega à escola, já traz consigo uma bagagem de emoções, de sentimentos, de orientações recebidas, hábitos adquiridos pela educação que recebe na família na qual está inserida. Como vivemos em um mundo globalizado, onde a informação atinge cada casa com uma incrível velocidade, por vezes, tudo o que se tenta passar para uma criança parece ser algo em desuso, sem valor, frente ao que é visto na imprensa ou na mídia televisiva.
            Educamos por meio de coisas simples, que são reforçadas no dia a dia, como ao orientar para cuidar do que lhe pertence, não pegar nada do colega sem pedir permissão, não dizer palavrão, não mentir, respeitar os mais velhos, ser educado, gentil, usar palavras “mágicas” – como Bom Dia, Com licença, Obrigado –, falar sem gritar, não jogar lixo na rua e uma série de outras regras básicas de boa, pacífica e respeitosa convivência.
            Hoje temos que ser verdadeiros artistas, sem sermos palhaços (digna profissão, aliás), para conseguir formar um cidadão de bem, sem corrermos o risco de sermos taxados de alienados diante da realidade que nos é mostrada, onde parece que prevalece a impunidade, a falta de caráter, de respeito e de limites.

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http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-dificil-arte-educar.htm&gt


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