sexta-feira, 27 de maio de 2016

A POESIA EM SALA DE AULA



Guaraná com Canudinho

Uma vaca entrou num bar / e pediu um guaraná.
O garçom, um gafanhoto, / tinha cara de biscoito.
Olhou de trás do balcão, / pensando na confusão.
Fala a vaca, decidida, / pronta para comprar briga:
- E que esteja geladinho / pra eu beber de canudinho!
Na gravata borboleta / gafanhoto fez careta.
Responde: vaca sem grana / se quiser, vai comer grama.
- Ah, é? muge a vaca matreira, / quem dá leite a vida inteira?
- Dou leite, queijo, coalhada, / reclamo, ninguém me paga.
Da gravata, a borboleta / sai voando, satisfeita.
Gafanhoto leva um susto, / acreditando, muito a custo.
E serve, bem rapidinho, / guaraná com canudinho.  

(Sérgio Caparelli. Boi da Cara Preta, 1983.)


No brincar "a serio" com nossos poemas, podemos ter um jogo lúdico com palavras e ideias.
Nesse poema, temos os animais como personagens que as crianças gostam. Através de brincadeiras inteligentes com palavras, seus jogos sonoros, seu duplo sentido, podemos entreter e brincar com as crianças de várias maneiras. Pode-se fazer um teatro na aula de artes, interpretação do poema em português, trabalhar a natureza na aula de ciências, e muito mais...



terça-feira, 17 de maio de 2016

Neurocirurgião de Harvard conta experiência de vida após a morte





EXISTE VIDA APÓS A MORTE?

Quando eu comecei a pensar em escrever sobre esse assunto, me deparei com muitas perguntas.
 Existe mesmo vida após a morte?
A gente vê um túnel e uma luz branca?
Nosso cérebro para realmente de funcionar?
O que acontece na experiência de quase morte?
Há relatos de várias pessoas que após um coma voltam à vida e falam o que aconteceu neste período.
Interessante esse tema, pois eu estava lendo um livro sobre um neurocirurgião americano que não acreditava quando seus pacientes, após um coma, relatavam o que tinha acontecido. Indico esse livro "Uma Prova do Céu" do Dr. Eben Alexander III.








terça-feira, 10 de maio de 2016



MÚSICA NA ALMA

Nossa alma fica leve ao ouvir uma boa música, e fala com nosso cérebro: direto ao sistema límbico (responsável por nossas emoções, motivação e afetividade).
Sekeff fala que: A linguagem musical não é somente um recurso de combinação e exploração de ruídos, sons e silêncios, é também um recurso de expressão (sentimentos, ideias, valores, cultura e ideologias), de comunicação (do indivíduo com ele mesmo e com o meio que o circunda), da gratificação (psíquica, emocional, artística), de mobilização (física, motora, afetiva, intelectual), e também de autorrealização (o indivíduo com aptidões artístico-musicais, que mais cedo ou mais tarde as direciona a um fazer pelo qual se realiza), ou simplesmente de apreciação, vivendo o prazer da escuta (2003, p.13).  
A autora se refere a capacidade educativa da música, tendo na linguagem musical um referencial mais abrangente e lapidado onde propõe um significado mais amplo da música.
"Sem música, a vida seria um erro". Friedrich Nietzsche



terça-feira, 3 de maio de 2016

 Resultado de imagem para LIBRAS


A LÍNGUA DE SINAIS

Antigamente, a educação dos surdos variava de acordo com o olhar de cada povo. Para os gregos e romanos, o surdo era considerado uma pessoa anormal, pois para eles a fala era resultado do pensamento. Então, quem não pensava não era humano. Eles não podiam frequentar os mesmos lugares que os ouvintes, não podiam receber testamento e nem tinham direito a frequentar escolas. Eles eram proibidos de casar até o século XII.
Para  Aristóteles o surdo era considerado um ser incapaz de receber instrução, pois considerava o ouvido o órgão mais importante para a educação.
A Igreja Católica, na Idade Média teve um papel fundamental refente ao preconceito no que se refere ás pessoas com deficiência, já que o homem foi criado á "imagem e semelhança de Deus".
A sociedade era dividida entre feudos, que resultava em que os nobres, para não dividir seus bens com outras famílias, acabavam casando-se entre si, o que resultava em grande número de crianças surdas. Ocorreu então, a primeira tentativa de educá-los, de uma maneira preceptorial. Convidaram os monges que estavam em clausura, que haviam feito Voto de Silêncio para não passarem o conhecimento adquirido no contato com os livros sagrados, criando assim uma linguagem gestual entre eles para que pudessem se comunicar. A Igreja Católica, naquela época, não podia ficar sem o dinheiro que vinha dessas famílias nobres, por isso da ajuda com os surdos.
Foi somente na idade moderna que começou a educação mais disponíveis para os surdos, onde surgiu os primeiros trabalhos no sentido de educar e de integrá-los (ainda não considerado como inclusão) na sociedade.
Atualmente, o método mais usado em escolas que trabalham com alunos surdos é o Bilinguismo, que usa como língua materna a Língua Brasileira de Sinais e como segunda língua, a Língua Portuguesa Escrita.


"Quando eu aceito a lí­ngua de outra pessoa, eu aceito a pessoa... Quando eu rejeito a lí­ngua, eu rejeito a pessoa porque a lí­ngua é parte de nós mesmos... Quando eu aceito a Língua de Sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-los, mas temos que permitir-lhes ser surdo."

                                                                                              Terje Basilier (Psiquiatra surdo norueguês)