domingo, 17 de dezembro de 2017



APRENDIZAGENS


          Este semestre refletimos muito sobre inclusão, um assunto atual e de interesse mundial. A inclusão acontece quando aceito o outro como ele é, respeitando a sua capacidade lenta (ou nenhuma) no processo de aprendizagem. Respeitar a individualidade de cada criança é essencial para o seu desenvolvimento e autonomia.
          Ao falar do professor que ajuda o aluno necessitado, onde ele ensina e não transfere conhecimento, é respeitar a autonomia e a identidade do educando. Na citação a seguir, do livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire, ele fala nessa questão do necessário para aprender. Educar é também respeitar as diferenças sem discriminação, pois esta é imoral, nega radicalmente a democracia e fere a dignidade do ser humano.

É preciso insistir: este saber necessário ao professor – que ensinar não é transferir conhecimento – não apenas precisa de ser apreendido por ele e pelos educandos nas suas razões de ser –ontológica, política, ética, epistemológica, pedagógica, mas também precisa de ser constantemente testemunhado, vivido. (Freire, 1996, p. 25).

                  As aprendizagens até aqui estudadas foram de grande valia num mundo tão voltado para si. Viver com o diferente não é difícil, difícil é conviver com a indiferença.






FREIRE, Paulo - Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa – São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 25.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Preconceito/Racismo


            A palavra preconceito é etimologicamente constituída (entende-se por etimologia o estudo do significado de uma palavra a partir dos componentes que a constituem) por duas partes diferentes: pré, que dá ideia de algo anterior, antecedente, que existe de forma primária, primeira, precedente; e conceito, aquilo que se entende ou compreende em respeito de algo, derivado do latim conseptus, que se refere à construção ideal do ser ou de objetos apreensíveis cognitivamente. A ideia do preconceito refere-se, então, a um conceito formado de forma anterior ou antecedente à constatação dos fatos, utilizando-se de características julgadas universais, sendo atribuíveis a todos que se encaixam na categoria referida, ou implícitas, naturais ao objeto que é dirigida.
            O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de quinhentos anos.
            Nos anos 60, se descobriu que o Brasil não só tinha preconceito em relação aos pobres - o que em si já é terrível – como a discriminação era especialmente dirigida aos negros, pardos e índios.
            E o racismo, a discriminação e o preconceito racial são as maiores problemáticas, do negro ou mesmo de outros indivíduos, de não ter a sua igualdade racial ou social reconhecida, por uma sociedade que se considera igualitária por tudo que se pergunte.
            O racismo é, como disse Foucault, “o meio de introduzir […] um corte entre o que deve viver e o que deve morrer”. “No contínuo biológico da espécie humana, o aparecimento das raças, a distinção das raças, a hierarquia das raças, a qualificação das raças como boas e de outras, ao contrário, como inferiores, tudo isso vai ser uma maneira de fragmentar esse campo do biológico de que o poder se incumbiu; uma maneira de defasar, no interior da população, uns grupos em relação aos outros. […] o racismo faz justamente funcionar, faz atuar essa relação de tipo guerreiro − ‘se você quer viver, é preciso que o outro morra’ − de uma maneira que é inteiramente nova e que, precisamente, é compatível com o exercício do biopoder.”



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Foucault, M., Em defesa da sociedade, Martins Fontes, São Paulo, 2002, p.304-5.




quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A NOSSA COR NÃO NOS DEFINE




            Refletindo sobre o censo na turma de 7º ano, verifiquei que outra vez a definição de cor/raça fica em segundo plano. Na escola, por exemplo, tem alunos que são negros e se veem como brancos, pois para muitos não importa a cor da pele, mas sim a amizade que se faz.
            De todas as fichas dos alunos que analisei, nenhuma estava preenchido cor/raça porque no conceito dos pais, não há necessidade de definir se o filho é branco, pardo ou negro.
            De acordo com o texto: “A cor ou raça nas estatísticas educacionais” ...teóricos defendem a substituição do conceito de raça ou de cor pelo de etnia. Essa preferência estaria amparada na noção de que o termo “etnia” transmitiria uma ideia de pertencimento ancestral, remetendo a origem e interesses comuns (Gomes, 2005).
            Analisando o conteúdo escrito, é muito mais salutar colocar etnia do que cor/raça, e não rotular a pessoa como branca ou negra. Pois se considerarmos a realidade de nosso estado, veremos que somos uma mistura de raças, muitos são de origem europeia com português, outros de origem italiana com espanhol, índio com alemão, uma miscelânea de etnias. Considerando este ponto de vista, não podemos ser considerados da cor branca, negra, parda, amarela, em primeiro lugar somos todos seres humanos.
            No Brasil, a cor da pele é considerada como critério para diferenciar a raça, subjetivamente, já que também pode variar de acordo com a aparência, tom da pele, segundo alguns estudiosos.
Darcy Ribeiro (2006, p.225) preceitua:
(...) a característica distintiva do racismo brasileiro é que ele não incide sobre a origem racial as pessoas, mas sobre a cor de sua pele. Nessa escala, negro é o negro retinto, o mulato já é o pardo e com tal meio branco, e se a pele é um pouco mais clara, já passa a incorporar a comunidade branca.”

            No século 18, o botânico sueco Carl von Linné criou o sistema de classificação dos seres vivos – ainda hoje utilizado – e estabeleceu o nome científico de Homo sapiens para a espécie humana. Mas, sem contrariar o pensamento dominante na época, dividiu a humanidade em subespécies de acordo com a cor da pele, o tipo físico e pretensos traços de caráter: os vermelhos americanos, “geniosos, despreocupados e livres”; os amarelos asiáticos, “severos e ambiciosos”; os negros africanos, “ardilosos e irrefletidos”; e os brancos europeus, “ativos, inteligentes e engenhosos”. Essa classificação da diversidade humana em “grandes raças” não só foi totalmente aceita como também serviu de base para classificações futuras, que alteravam a de Linné e oscilavam entre uma variedade que ia de três a 400 raças.
O texto “Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil” fala que:
 Nós, brasileiros oriundos de diferentes grupos étnico-raciais – indígenas, africanos, europeus, asiáticos –, aprendemos a nos situar na sociedade, bem como o ensinamos a outros e outras menos experientes, por meio de práticas sociais em que relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas nos acolhem, rejeitam ou querem modificar. Deste modo, construímos nossas identidades – nacional, étnico-racial, pessoal –, apreendemos e transmitimos visão de mundo que se expressa nos valores, posturas, atitudes que assumimos, nos princípios que defendemos e ações que empreendemos.

            Cada ser humano é único, e sabemos disso por que podemos identificar perfeitamente um indivíduo por seu código genético, a não ser que tenha um gêmeo semelhante.


Referências:
SILVA, Petrolina B. G., Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil, p. 491,2007.


domingo, 26 de novembro de 2017

AUTISMO


            Atualmente, o conceito de autista mudou muito em relação ao texto lido, “Competência Social, Inclusão Escolar e Autismo: revisão crítica da literatura”
            O autismo é definido como um transtorno invasivo do desenvolvimento, isto é, algo que faz parte da constituição do indivíduo e afeta sua evolução. Manifesta-se antes dos três anos de idade. O autista, em geral, apresenta comprometimentos em três importantes domínios do desenvolvimento humano: a comunicação, a sociabilização e a imaginação. A isto, denomina-se tríade.
            A palavra autismo atualmente pode ser associada a diversas síndromes. Os sintomas variam amplamente, o que explica por que atualmente refere-se ao autismo como um espectro de transtornos. Dentro deste espectro encontramos sempre a tríade de comprometimentos que confere uma característica comum a todos eles. Alguns são diagnosticados simplesmente como autismo, traços autísticos, etc., ou Síndrome de Asperger (considerado por muitos como o autismo de alto desempenho). Além destes, existem diversas síndromes identificáveis geneticamente ou que apresentam quadros diagnósticos característicos, que também estão englobadas no Espectro do Autismo.
            No texto, Competência Social, Inclusão Escolar e Autismo: revisão crítica da literatura, o trecho abaixo me chamou a atenção pelo fato que hoje em dia já não acontece assim, pois cada aluno autista é diferente do outro. Trabalhamos observando o que ele aprende, e neste contexto, realizamos as atividades mais adequadas para cada um.
                     ... um estudo exploratório sobre as expectativas dos professores frente à possibilidade de inclusão de alunos com autismo em suas classes (Goldberg, Pinheiro, & Bosa, 2005) demonstrou que os professores manifestaram uma tendência a centralizar suas preocupações em fatores pessoais como, por exemplo, medo e ansiedade frente à sintomatologia mais do que à criança em si.
            Dentre os modelos educacionais para o autista, um dos mais importantes é o método TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication Handicapped Children, em português, Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Desvantagens na Comunicação), desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte e que tem como postulados básicos de sua filosofia:
·         Propiciar o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades e a faixa etária do paciente;
·         Funcionalidade (aquisição de habilidades que tenham função prática);
·         Independência (desenvolvimento de capacidades que permitam maior autonomia possível);
·         Integração de prioridades entre família e programa, ou seja, objetivos a serem alcançados devem ser únicos e a estratégias adotadas devem ser uniformes.
            Nós, como educadores, devemos ver o mundo através dos olhos do autista, e usar esta probabilidade para ensiná-los a trabalhar inseridos em nossa cultura de forma o mais independente possível. Enquanto não se consegue curar os déficits cognitivos subjacentes ao autismo, é pelo seu entendimento que é possível planejar programas educacionais efetivos na função de vencer o desafio deste transtorno do desenvolvimento tão singular que é o autismo.

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 Referências:

 brasilescola.uol.com.br

domingo, 19 de novembro de 2017

UM RECORTE DA REALIDADE


            Antigamente, as pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade não eram aceitas na sociedade, chegando a serem excluídas do convívio social.
            A inclusão é um processo que acontece lentamente, com avanços e retrocessos.        Hoje a nossa realidade é outra, temos a obrigação e dever de incluir os alunos com déficits, e promover a inclusão escolar em todos os níveis, somos nós que nos adaptamos ao processo de inclusão. Tenho como alicerce a minha escola, pois todo o aluno que tem algum tipo de deficiência, seja física, mental, intelectual é ajudado e inserido no processo educacional, pois a discriminação não faz parte da nossa comunidade escolar.
            O filme “Quanto vale ou é por quilo?” quando comecei a assistir minha adrenalina começou a explodir, pois eu não suporto injustiça social, nem racismo, nem brincar com a deficiência isso corta meu coração, me causa indignação saber que ainda há tanto preconceito e fazem da inclusão um objeto de elevação social, e, ainda existe muita gente de mente ardilosa, isso acontece hoje em nosso país.  
            O filme "Vênus negra" mostra o colonialismo, o racismo e o machismo, os mais evidentes, neste filme intrigante e passado no século 19. Não gosto desse tipo de filme muito longo e repetitivo, e é uma afronta contra os negros em geral e principalmente contra as mulheres.
            Vou relatar alguns acontecimentos em minha escola que antigamente não seria assim, ou melhor, em hipótese alguma seria.
Na semana da pátria a professora da sala de recursos juntamente comigo e as estagiárias, resolveu fazer uma apresentação diferente, com os nossos alunos de inclusão. Ensaiamos com eles a música Balão Mágico, pintamos camisetas com as mãos deles, nós professores fizemos uma camiseta personalizada, e fizemos apresentação para toda a escola, ficou tão linda a apresentação que fomos convidados para apresentar em outra escola.
            E se antigamente as escolas tivessem alunos de inclusão, elas trabalhariam como nós?
Maria Ângela Corrêa (2010, p. 16) faz um breve resumo das condições em que eram submetidos os deficientes antigamente.

A história da Educação Especial ou das pessoas com necessidades especiais, da Antiguidade até a Idade Média, mostra que o extermínio, a discriminação e o preconceito marcaram profundamente a vida dessas pessoas que, quando sobreviviam, não tinham outra alternativa senão a vida à margem da sociedade. Mesmo que isso acontecesse sob o véu do abrigo e da caridade, a exclusão era o caminho naturalmente praticado naquela época (Maria Ângela Corrêa, 2010).

            Na antiguidade, as pessoas com deficiências, eram abandonadas, rejeitadas, muitas eram eliminadas e as que sobreviviam não tinham nenhum tipo de atendimento.


Referências:

CORRêA, Maria Angela Monteiro. Educação Especial. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2010.

domingo, 12 de novembro de 2017

DIALOGANDO 



            O texto de Paulo Freire sobre dialogicidade (capítulo do livro "À sombra desta Mangueira") nos mostra como ela influencia no desenvolvimento e entendimento dos princípios da aprendizagem, influenciando na formação dos sujeitos e na construção de conhecimentos de forma significativa.
            A dialogicidade de Freire está presente na formação do conceito de diálogo igualitário e como este conceito está presente nos demais princípios da aprendizagem dialógica.
            Segundo Freire (2000, p. 81):

                                         É que há um diálogo invisível, prévio, em que não necessito de inventar perguntas ou fabricar respostas. Os educadores verdadeiramente democráticos não estão - são dialógicos. Uma de suas tarefas substantivas em nossa sociedade é gestar esse clima dialógico.

            O pensamento de Paulo Freire busca no diálogo a democratização da educação, onde o professor, além de educador, é o objeto do conhecimento, sendo a pedagogia baseada no diálogo (educador-educando).
            O diálogo é uma afinidade (relação) entre pessoas, que baliza o caráter democrático entre as mesmas, não as tornando iguais. “O diálogo tem significação precisamente porque os sujeitos dialógicos não apenas conservam sua identidade, mas a defendem e assim crescem um com o outro”. (FREIRE, 1992, p. 118). O diálogo não diminui um ao outro, não é melhoramento que se inventa, é não embaraçar o outro. Ele alude, ao contrário, a efetiva consideração para àqueles que empenham-se em crescer.


                                  “Não devemos chamar o povo à escola para receber instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai além do saber de pura experiência feito, que leve em conta as suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe ser sujeito de sua própria história.”   
(Freire, 2001)



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Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.


sábado, 4 de novembro de 2017

UMA AULA DIFERENTE...

                Tarefa realizada com os alunos de 7º ano. Tenho nesta turma um aluno autista severo, e todas as atividades que faço com ele propus que os alunos fizessem também, e para minha surpresa eles adoraram as tarefas solicitadas, todos fizeram com amor e trabalharam em equipe. Para cada grupo foi distribuído um trabalho, alguns trabalharam com colagem e e.v.a, outros com pintura, outro grupo com motricidade fina, outro grupo quebra-cabeça.
Aqui algumas fotos dos trabalhos realizados.









terça-feira, 24 de outubro de 2017



A DIFERENÇA ESTÁ EM ACEITAR O QUE É DIFERENTE...

Na semana da pátria, nós que trabalhamos com a inclusão, resolvemos fazer uma apresentação diferenciada onde os alunos apresentaram e cantaram a música do Balão Mágico, essa apresentação fez tanto sucesso que fomos convidados para apresentar em outra escola, nos reunimos novamente e junto com os alunos fizemos nossa apresentação, ficou lindo pois a inclusão acontece todos os dias. E somos todos iguais nas diferenças.
Sempre temos algo a aprender. Há sempre mais uma fronteira para transpor.

"Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças"(Mantoan)



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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

                  

UM PROCESSO LENTO...


          Durante muito tempo, o tratamento destinado aos alunos com deficiência, tinha como objetivo sua adaptação, numa tentativa evidente de “normalização da deficiência”, num total descuido para com a particularidade e dificuldade do processo de construção de conhecimento. Nunca houve, anteriormente, uma política clara de orientação do atendimento aos alunos com deficiência no sistema público de ensino. Beyer (2006) problematiza o efeito de ambientes segregados para a socialização e desenvolvimento cognitivo desses sujeitos
A grande dificuldade que encontramos nas escolas especiais deve-se à limitação no horizonte social das crianças com necessidades especiais. Enquanto estas precisariam da convivência com crianças com condições cognitivas e sócio afetivas diferenciadas das suas, veem-se, através das situações pedagógicas e sociais correspondentes, atreladas a um modelo limitado de interação. (BEYER, 2006, p)

            O atendimento educacional especializado, propõe transformar as escolas e classes especiais em centros especializados e salas de recursos não mais como espaços que substituem o acesso a escolas e classes comuns do ensino regular, mas como espaços para o atendimento educacional especializado.
            Essas reflexões não tem pretensão de servir de receitas, mas sim com o intuito de mostrar que a inclusão, é um processo lento, individual e coletivo, onde todos os envolvidos usam não só a razão mas também a emoção, a intuição, o desejo e a subjetividade. Uma nova dinâmica começa a ser implantada, em que educadores e gestores, íntegros de probabilidades, passam a adotar as suas peculiaridades, com estruturas próprias de construção para um caminho que não está pronto, mas que se faz ao prosseguir buscando novos conhecimentos na ajuda ao um aluno de inclusão.
            Os vídeos abaixo, mostram um pouco de como nossos alunos de inclusão são inseridos junto aos colegas, e como é maravilhoso fazer parte dessa comunidade, onde nenhum aluno de inclusão é excluído do convívio escolar. 


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SEGUNDO JEAN PIAGET

Jean Piaget nasce na Suíça em 1896. Aos 10 anos publica em 1907 um artigo com estudos sobre um pardal branco que ele observava em um jardim público. No ano de 1919, começa a trabalhar com testes de inteligência infantil. Intrigado com as respostas incorretas das crianças, começa a trabalhar no exame dos processos de raciocínio subjacentes a essas respostas. Piaget descobriu que as crianças não pensavam como adultos. Depois de muitas interações com crianças, começou a suspeitar que atrás das declarações aparentemente sem lógica existiam processos de pensamento que possuíam uma ordem e uma lógica própria. As ideias de Piaget abriram uma nova perspectiva  nos estudos da mente. Ao fim de quase 75 anos de trabalho, Piaget tinha desenvolvido, uma teoria cognitiva e o que veio a ser chamada de epistemologia genética. Ainda que ele não tivesse proposto uma reforma educacional, liderou um modo de pensar sobre as crianças que forneceu a base para movimentos de reforma educacional recentes. 
Piaget influenciou gerações de educadores com sua crença de que as crianças não são depósitos vazios que devem ser enchidos com conhecimento (conforme a pedagogia tradicional), mas sim construtores ativos de conhecimento, pequenos cientistas que estão constantemente criando e testando suas próprias teorias sobre o mundo.  


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quinta-feira, 5 de outubro de 2017


"O impacto das redes sociais na vida das pessoas" de Leandro Karnal

Os seres humanos estão cada vez mais dependentes da tecnologia, e as redes sociais fazem parte desta dependência.

O vídeo de Leandro Karnal chama a atenção por ser direto e conciso. Cito alguns pontos que chamaram a minha atenção.

§ “O Mito da Caverna” de Platão – onde os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.

§ A centralização do indivíduo, o narcisismo é uma caraterística atual do ser humano.

§ A internet popularizou a capacidade de acesso à informação.

§ Humberto Eco fala que a internet divulga informação e não formação.

§ Século XXI: era da individualidade.

§ Sociedade com déficit de atenção; estamos viciados em tecnologia, mais precisamente em redes sociais.

Tomaél, Alcará e Di Chiara (2015, p.93) possuem uma citação interessante que cabe à esta discussão: 

"As pessoas estão inseridas na sociedade por meio das
relações que desenvolvem durante toda sua vida, primeiro
no âmbito familiar, em seguida na escola, na comunidade
em que vivem e no trabalho; enfim, as relações que as
pessoas desenvolvem e mantêm é que fortalecem a esfera
social. A própria natureza humana nos liga a outras
pessoas e estrutura a sociedade em rede".
Mas o que são as redes sociais? De acordo com Marteleto (apud Tomaél, Alcará e Di Chiara, 2015), redes sociais podem ser entendidas como "um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”. É relevante citar também que as "como um espaço de interação, a rede possibilita, a cada conexão, contatos que proporcionam diferentes informações, imprevisíveis e determinadas por um interesse que naquele momento move a rede, contribuindo para a construção da sociedade e direcionando-a".
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domingo, 1 de outubro de 2017






PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA




O trabalho visa montar, em cada turma, um dicionário ilustrativo sobre as palavras de origem Africana. Primeiramente entreguei para os alunos várias palavras de origem Africana, cada um teve que escolher uma e pesquisar sobre o nome escolhido, sem esquecer da ilustração. É importante apresentar aos alunos o significado de algumas palavras. Por exemplo, o termo "axé", popularmente conhecido como um estilo musical, representa a força mística dos orixás, as divindades de religiões africanas ou afro-brasileiras.
Alguns exemplos:






terça-feira, 19 de setembro de 2017

         
PRECONCEITO

           A palavra preconceito é etimologicamente constituída  por duas partes diferentes: pré, que dá ideia de algo anterior, antecedente, que existe de forma primária, primeira, precedente; e conceito, aquilo que se entende ou compreende em respeito de algo, derivado do latim conseptus, que se refere à construção ideal do ser ou de objetos apreensíveis cognitivamente. A ideia do preconceito refere-se, então, a um conceito formado de forma anterior ou antecedente à constatação dos fatos, utilizando-se de características julgadas universais, sendo atribuíveis a todos que se encaixam na categoria referida, ou implícitas, naturais ao objeto que é dirigida.
          Trata-se, por conseguinte, de uma opinião que é dada sobre algo ou alguém sem fundamento ou análise crítica, o que acontece quando se conhece mal ou não se conhece de todo essa coisa/pessoa.          Tenho um colega da escola que já sofreu várias vezes preconceito. Os fatos aqui relatados são todos sofridos por ele, que são: colegas relatando que não são racistas mas que não tolerarão se seus filhos casarem com negros, ou seja, para eles ser negro é um defeito tal como não quero um genro agressivo, preguiçoso, vagabundo ou negro. Na rua, tem um monte de gente parada em um cruzamento e, até hoje, quando alguém olha para o lado e me vê -um negro- dá um passo para o lado e/ou aperta a mão na bolsa. Quando alguém não acha algo, logo brincam "Foi o Rodrigo. É o único negrinho aqui." 
          Por mais que seja realmente brincadeira, este discurso reafirma o negro como ladrão e dissemina esta fala a outros como uma verdade inquestionável. 
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domingo, 17 de setembro de 2017

SEMANA FARROUPILHA


            A Semana Farroupilha é um momento especial de culto às tradições gaúchas, transcendendo o próprio Movimento Tradicionalista Gaúcho. Ela envolve praticamente toda a população do Estado, se não fisicamente nos locais organizados para festejos, participando das iniciativas do comércio, dos serviços públicos, das instituições financeiras ou das indústrias.
            As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.

            A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-rio-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.
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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

APRENDIZAGEM

            Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.          Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. De acordo com a nova ênfase educacional, centrada na aprendizagem, o professor é coautor do processo de aprendizagem dos alunos. Nesse enfoque centrado na aprendizagem, o conhecimento é construído e reconstruído continuamente.
http://educador.brasilescola.uol.com.br  

SOCIEDADE NÃO TÃO INCLUSIVA


            Até 1979 as pessoas de inclusão eram invisíveis para a sociedade, mas com o advento do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil, foi mudando aos poucos o pensamento do povo.

            Ainda hoje temos pessoas que não conseguem lidar com crianças da inclusão, elas tem aversão ou "medo", o que falta para muitos é estudar e entender este mundo tão complexo e diferente da inclusão, todos tem sua particularidade. As crianças não são um "bicho" para serem domesticadas, elas só querem ser entendidas. Por exemplo, ao estudar Libras podemos entender um pouco de como lidar com o surdo, pois é fascinante e intrigante. Já o cego é o saber lidar como se fazer entender, pois eles tem a audição mais sensível. E em sala de aula procurar trabalhar com a reglete e o caderno de braile, mas é bem difícil entender a escrita braile. Temos também os diversos níveis de autista, onde cada um é um ser humano diferente, tem o autista que não fala e não aprende, o outro que fala e escreve, vários níveis, você só vai saber lidar com eles quando começar a trabalhar e ensinar o que eles conseguem fazer. Já o PC é mais difícil a aprendizagem, pois ele apenas vai socializar em sala de aula com as outras crianças. Também temos os diversos níveis de Síndrome de Down, uns com maior dificuldade de aprendizagem e outros que você consegue trabalhar e ensinar. Sem falar no cadeirante, o retardo mental, TDAH e assim muitos outros...
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Temos o dever de incluir e não excluir.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017


                                             EIXO VI




Começamos mais um eixo, e com ele minha expectativa em relação as interdisciplinas, mais os cursos de extensão para as  horas complementares. O eixo VI segue com o Seminário Integrador, Desenvolvimento e Aprendizagem Sobre o Enfoque da Psicologia II, Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filosofia da Educação, Questões Étnicos Raciais Na Educação: Sociologia e História. 
O nosso primeiro encontro foi a discussão sobre preconceito, o nosso grupo falou sobre preconceito racial.



domingo, 9 de julho de 2017

FESTA JUNINA


Enfim, chegou a tão esperada festa junina na EMEF Tancredo Neves, foi um sucesso total, somos uma equipe de professores e colaboradores bem unidos, a equipe pedagógica, o conselho escolar, a comunidade. Tenho orgulho de fazer parte desta escola, meu segundo lar.



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EDUCAÇÃO NO BRASIL

Espera-se que a educação no Brasil resolva, sozinha, os problemas sociais do país. No entanto, é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos professores implica no desenvolvimento dos alunos e da escola.

Esse texto inicia uma reflexão sobre como anda a educação no Brasil.

http://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm


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terça-feira, 4 de julho de 2017


 Síntese Projeto de Aprendizagem 


Síntese do trabalho com os alunos da turma de 7º ano da EMEF Tancredo Neves, feita para  disciplina Projeto Pedagógico em Ação.
Quando comecei o projeto com os alunos do 7º ano, achei que eles não iriam corresponder as minhas expectativas, mas depois cada grupo formado foi se integrando e conseguindo fazer os projetos como solicitado.
Analisando o blog das colegas notei que elas mesmas procuraram trabalhar com um projeto já em andamento ou elas elaboraram junto com a turma.
Todas nós temos realidades diferentes em nossas escolas.
A Claudia trabalhando com a educação infantil conseguiu fazer com os pequeninos o projeto Conviver, trazendo questões e assuntos sobre família, amigos, escola...
As colegas Andreia, Alessandra e Débora trabalharam com projetos já com o tema proposto pela escola, trazendo o tema sobre literatura universal, e a Olgair trabalhou com o tema sobre o meio ambiente.
No decorrer do meu projeto houve muitas certezas e duvidas de minha parte em relação aos grupos, pois alguns dos alunos tinham dúvidas do que fazer e como fazer. Mas ao final do projeto eles conseguiram realizar com sucesso todas as etapas propostas por mim. Os trabalhos ficarão expostos no corredor da escola para que outros alunos possam ver, e assim também terem uma ideia de como trabalhar sua autonomia.
Chego ao final deste trabalho sabendo que podemos e devemos incentivar os alunos a participarem e terem mais autonomia em sala de aula, descobrirem que podem fazer diferente, sem cair na rotina maçante que é ficar sentado por 4 horas dentro da escola, ouvindo e prestando atenção sem ter opinião própria.



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segunda-feira, 3 de julho de 2017

EDUCAÇÃO ESCOLAR


            Entre os princípios que devem nortear a educação escolar, contidos na nossa Carta Magna – a Constituição de 1988 –, em seu art. 206, assumidos no art. 3º da Lei n. 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), consta, explicitamente, a “gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino” (inciso VIII do art. 3° da LDB). Trata-se de enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que contribua efetivamente para o processo de construção de uma cidadania emancipadora, o          que requer autonomia, participação, criação coletiva dos níveis de decisão e posicionamentos críticos que combatam a ideia burocrática de hierarquia. Para tanto, é fundamental que a escola tenha a sua “filosofia político-pedagógica norteadora”, resultante, como já mencionado, de uma análise crítica da realidade nacional e local e expressa em um projeto político-pedagógico que a caracterize em sua singularidade, permitindo um acompanhamento e avaliação contínuos por parte de todos os participantes das comunidades escolar (estudantes, pais, professores, funcionários e direção) e local (entidades e organizações da sociedade civil identificadas com o projeto da Escola).     A autonomia da escola para experienciar uma gestão participativa também está prevista no art. 17 da LDB, que afirma: “os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público”.
            A LDB é mais precisa ainda, nesse sentido, no seu art. 14, quando afirma que: os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades, conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Cabe lembrar, ainda, a existência do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado como Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2014. Esse Plano estabelece objetivos e prioridades que devem orientar as políticas públicas de educação no período de dez anos. Dentre os seus objetivos, destaca-se a democratização da gestão do ensino público, salientando-se, mais uma vez, a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, bem como a descentralização da gestão educacional, com fortalecimento da autonomia da escola e garantia de participação da sociedade na gestão da escola e da educação.


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sábado, 1 de julho de 2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO



“O Projeto Político Pedagógico representa a oportunidade de a direção, a coordenação pedagógica, os professores e a comunidade, tomarem sua escola nas mãos, definir seu papel estratégico na educação das crianças e jovens, organizar suas ações, visando a atingir os objetivos a que se propõem. É o ordenador, o norteador da vida escolar. (J.C. Libâneo)

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